O que é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA?
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA foi criado no ano de 1980 e também é calculado pelo IBGE e tem como objetivo medir a variação média dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com renda de 1 a 40 salários mínimos.
Autor: Edmilson Galvão Publicação: 28/09/2024 Atualização: 28/09/2024
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O IPCA é o principal indicador utilizado pelo governo brasileiro para definir sua meta de inflação. Essa meta é determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e orienta as ações do Banco Central na condução da política monetária.
Quando o IPCA indica que a inflação está ultrapassando a meta, o Banco Central eleva a taxa de juros para conter a demanda e, com isso, reduzir a pressão sobre os preços.
Essa medida tem consequências amplas para a economia. O aumento dos juros encarece o crédito, o que desestimula o consumo e os investimentos empresariais. Por outro lado, quando a inflação está controlada, o governo pode reduzir a taxa de juros, incentivando o crescimento econômico.
Esse índice serve como um termômetro da economia, demonstrando o impacto da inflação no poder de compra dos consumidores.
A cada mês, o IBGE coleta e compara os preços de milhares de itens para determinar se houve aumento, redução ou estabilização dos preços no varejo.
1 – O que é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA?
O IPCA é um índice que reflete as variações nos preços de uma ampla gama de produtos e serviços consumidos pela população urbana brasileira.
Calculado mensalmente pelo desde 1979, o IPCA é o indicador oficial utilizado pelo governo para medir a inflação. Ele abrange 90% das famílias que vivem em áreas urbanas, com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos, independentemente da fonte de renda.
O IPCA é adotado como indexador para correção monetária de diversos tipos de dívidas, contratos e investimentos é um dos principais indicadores econômicos utilizados no Brasil para medir a inflação.
É utilizado para ajustar salários, aluguéis, tarifas públicas, contratos, planos de saúde e mensalidades escolares, afetando diretamente o poder de compra da população e as políticas monetárias adotadas pelo Banco Central do Brasil (Bacen).
O IPCA é mais do que apenas um índice de preços. Ele tem implicações diretas nas políticas monetárias e nas decisões econômicas do país. O governo, através do Banco Central, utiliza o IPCA como base para monitorar a inflação e, quando necessário, ajustar a taxa Selic (a taxa básica de juros da economia).
Quando a inflação ameaça ultrapassar a meta estabelecida, o Banco Central pode aumentar os juros, o que tende a desaquecer o consumo e controlar o aumento de preços.
Além disso, muitos contratos financeiros, como financiamentos e aluguéis, são indexados ao IPCA. Isso significa que, quando o índice sobe, o valor de parcelas e reajustes também pode aumentar.
3 – Metodologia de Apuração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA
Para calcular o IPCA, o IBGE monitora os preços de uma vasta gama de produtos e serviços em mais de 30 mil estabelecimentos comerciais em várias cidades do país.
A composição dessa "cesta de consumo" muda periodicamente para acompanhar os hábitos de compra da população.
Por exemplo, nos últimos anos, serviços como transporte por aplicativos e assinaturas de streaming passaram a ser incluídos, enquanto produtos que perderam relevância, como locação de DVDs, foram excluídos.
O IPCA é calculado com base em uma pesquisa de preços realizada pelo IBGE em estabelecimentos comerciais, prestadoras de serviços, domicílios para aluguel e concessionárias de serviços públicos em diversas regiões metropolitanas e cidades do Brasil.
A coleta de preços abrange as seguintes categorias de produtos e serviços, divididos em nove grupos:
- Alimentação e Bebidas
- Habitação
- Artigos de Residência
- Vestuário
- Transportes
- Saúde e Cuidados Pessoais
- Despesas Pessoais
- Educação
- Comunicação
Esses itens são ponderados de acordo com sua relevância no orçamento familiar, com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Por exemplo, despesas com habitação costumam ter um peso maior devido à sua significância nos gastos das famílias. O IPCA é calculado comparando-se o custo da cesta de consumo do mês atual com o do mês anterior, resultando em um índice que pode indicar inflação (aumento de preços) ou deflação (diminuição de preços).
O aumento do IPCA sinaliza uma aceleração da inflação no país, indicando que os preços médios dos produtos e serviços estão subindo. Isso pode diminuir o poder de compra da população, pois o mesmo valor em dinheiro passa a comprar menos produtos e serviços. Para as autoridades monetárias, um IPCA elevado é um alerta que pode levar o Banco Central a aumentar a taxa Selic para controlar a inflação.
Para os investidores, um aumento no IPCA pode exigir ajustes na estratégia de investimento. Investimentos atrelados à inflação, como o Tesouro IPCA+ e CDBs com rentabilidade definida com base no IPCA, podem ser mais atraentes, garantindo um retorno superior à inflação e protegendo o poder de compra.
No âmbito dos cálculos juidicias o IPCA é aplicado em verbas judiciais decorrentes de ação trabalhistas e também em ações contra a Fazenda Pública.
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Escrito por:
Possui mais de 8 anos de experiência atuando como perito contábil do juízo em varas da Justiça Federal, Estadual e da Justiça do Trabalho além de atuar como consultor em matéria de cálculos judiciais para Escritórios de Advocacia, Empresas e Advogados.